História

por Programa Interlegis — última modificação 02/07/2023 08h49

A área do atual município de Santa Cruz era primitivamente habitada pelos povos indígenas tapuias. A partir de 1831, Lourenço da Rocha, acompanhado de João da Rocha (irmão) e João Rodrigues da Silva (amigo e proprietário da Fazenda Cachoeira), iniciaram o povoamento do local, com uma economia baseada na atividade agropastoril, que logo denominaram "Malhada do Juazeiro" e, em seguida, "Santa Rita da Cachoeira".[8][9]

Na região havia uma grande de presença de inharésárvore considerada "sagrada" pela população local e que, segundo a tradição, atraía grandes males caso algum de seus galhos fosse quebrado, como secas e epidemias de doenças. Conta a lenda que, certo dia, um missionário, sabendo dessa tradição, resolveu visitar o povoado e mandou erguer uma cruz, feita com alguns galhos dessa árvore. Em seguida, em frente à capela de Santa Rita de Cássia, foi cavado um grande buraco, onde foram colocadas todas as armas da população nativa por ordem desse missionário, sendo ali colocada aquela cruz. Com isso, os males teriam cessado e grandes fontes de água teriam jorrado, e muitos dos animais típicos da região teriam se tornado mansos. Com este fato, o povoado teve seu nome alterado para "Santa Cruz do Inharé".[8][9]

Em 1835, foi erguida a capela de Santa Rita de Cássia, que estimulou ainda mais o crescimento do povoado. Uma imagem da santa, vinda da fazenda Cachoeira, foi doada para a capela. No mesmo ano, a lei provincial nº 24, datada de 27 de março, eleva o povoado à condição de distrito, com a denominação "Santa Cruz da Ribeira do Trairi". Apenas em 11 de dezembro de 1876, o distrito foi elevado à categoria de vila, desmembrando-se de São José de Mipibu, através da lei provincial nº 777, após vários anos de luta. Entre as figuras que lutaram pela emancipação destacam-se o padre Antônio Rafael Gomes de Melo, o tenente coronel Ivo Abdias Furtado de Mendonça e Menezes e os fazendeiros Trajano José de Faria e Félix Antônio de Medeiros. Finalmente, em 30 de novembro de 1914, a lei estadual 372, a vila é elevada à condição de cidade, tendo sua denominação sido alterada para "Santa Cruz", conservada até os dias atuais.[8][9]

Administrativamente, o município, ao ser emancipado, era formado apenas pelo seu distrito-sede. Posteriormente, foram sendo criados distritos. O decreto estadual 603, datado de 31 de outubro de 1938, cria os distritos de Campo Redondo e Jericó, que tiveram suas denominações alteradas para Serra do Doutor e Melão, respectivamente, por força do decreto-lei estadual nº 268, de 30 de dezembro de 1943, voltando às suas denominações originais pela lei estadual nº 146, de 23 de dezembro de 1948. Em novembro de 1953, novas leis estaduais criaram os distritos de Jaçanã e Trairi (atual Coronel Ezequiel). Na mesma época, foi criado o distrito de Tangará, passando o município a ser constituído por quatro distritos. No dia 31 de dezembro de 1958, foram desmembrados o distrito de Campo Redondo, elevado à categoria de município, e os distritos de Tangará e Trairi, que deram origem aos município de Tangará. Em 24 de outubro de 1962, um acórdão do Supremo Tribunal Federal extingue o município de Campo Redondo, e os reanexa ao município de Santa Cruz, sendo novamente desmembrado em 26 de março de 1963. Desde então, o município de Santa Cruz é constituído do distrito sede

 

Fonte: wikipedia